A força que nos fragiliza…
Nos tornamos mães e nos tornamos mais fortes a cada dia;
Nos tornamos mais fortes para enfrentar as noites sem dormir, o choro de cólica, de dor e de coisas que nunca descobriremos o motivo;
Nos tornamos mais fortes para fazer o malabarismo de cuidar da casa, do trabalho, dos filhos e de si própria;
Nos tornamos mais fortes quando vemos nossa rede de apoio ser só um termo bonito mas ausente;
Nos tornamos mais fortes quando nos vemos sozinhas para cuidar e educar o filho;
Nos tornamos mais fortes na febre, na gripe, no vômito;
…
Mas apesar de toda força, nos tornamos infinitamente mais frágeis.
Choramos de cansaço pelas noites sem dormir e rotina sobrecarregada.
Sentimos falta do tempo para nós mesmas e as vezes sim, choramos por isso.
Choramos com o choro do nosso filho;
Choramos e nos decepcionamos quando a rede de apoio está só no papel ou nas fotos das redes sociais;
Choramos e nos desesperamos quando temos a responsabilidade de educar mas não sabemos se estamos acertando.
…
E quando percebemos que erramos?
Aí o coração se dilacera…
Dilacera, aperta e a dor escorre pelos olhos quando vem a “doença”
…
Não, não devemos romantizar o cansaço, não é porque parece que ela da conta de tudo que ela da, ou melhor ninguém dá conta de tudo.
Texto: @psicomaes